sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nem de imediato, nem conformismo

PACIÊNCIA é uma virtude, companheira de muitas pessoas de sucesso. 
Quando exercemos a paciência sabemos esperar a hora certa de agir e falar. Somos capazes de planejar com maior exatidão. Não agimos no calor do momento e temos tempo para refletir antes de tomar uma decisão.

Existem duas atitudes que uma pessoa de sucesso deve excluir de sua vida. A primeira é o imediatismo. Ele nos leva muitas vezes a atitudes precipitadas. Não adianta querer tudo para agora. Os melhores pratos levam tempo para serem preparados. 

Na década de 1960, um professor da Universidade Stanford deu início a uma modesta experiência que visava testar a força de vontade de crianças de quatro anos. Ele colocou diante delas um grande marshmallow e disse-lhes que poderiam comê-lo imediatamente ou, se esperassem quinze minutos, ganhariam dois marshmallows.
Deixava então as crianças sozinhas e ficava observando, por trás de um espelho falso, o que acontecia. Algumas crianças comeram o marshmallow imediatamente, outras só conseguiram esperar uns minutos antes de ceder à tentação. Somente 30 por cento conseguiram esperar.
Foi uma experiência relativamente interessante, mas o professor passou para outras áreas de pesquisa, porque, em suas próprias palavras: “Há um limite para as coisas que se pode fazer com crianças que estão tentando não comer ummarshmallow”. Mas com o passar do tempo, ele acompanhou as crianças e começou a notar uma correlação interessante: as crianças que não conseguiram esperar tiveram mais problemas de comportamento na vida, enquanto aquelas que esperaram tendiam a ser mais positivas e motivadas, a tirar melhores notas, a ter melhor renda e a desenvolver relacionamentos mais saudáveis.
O que começou com uma simples experiência que envolvia crianças e marshmallows tornou-se um estudo importante que sugeria que a capacidade de esperar — de ser paciente — era um traço de caráter importante que poderia prever o sucesso subsequente na vida. (Jonah Lehrer, “Don’t; The Secret of Self-Control”, New Yorker, 18 de maio de 2009, pp. 26–27).
Mas o conformismo também é muito perigoso. Uma pessoa conformada não tem coragem, nem atitude para mudar. Acredita que as coisas são assim porque são e pronto. Elas não têm expectativas e o que vier é lucro.    Elas agem muitas vezes como o texto da Marina Colasanti: Eu sei mas não devia.  
O ideal é saber dosar todas as coisas. As pessoas de sucesso sabem esperar e sabem agir. Nem imediatismo, nem conformismo, aqui o ideal é estar no meio.

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